Vozes Sem Lanterna
A cor escura do vinil quase me emudece de tanta polifonia; tantas vozes, eu calado.Sabe aquela sensação de que o insigne prêmio turquesa voltou a brilhar sobre o carmesim dos distintos corpos no sol da tarde? Nem eu...
Nada como o lar cheio de.
Seus Egrégios olhos não mais brilham. Minha cegueira inútil trabalha disfarçada de admiração. Em pouco tempo o que era muito certo, errado. E o errado nunca esteve tão certo.Seus olhos são nada além de lindos. E isso basta.
Monofonia
Um dia, no canto, uma ideia colorida apareceu. Até então, nada com cor podia ser notado, mas por um acidente casual, um pouco de luz entrou no ambiente, e essa ideia estalou-se de súbito , como um ídolo. O cintilante e verdejante anil pulava por todos os cantos do canto, e só o que o canto conta é como o canto conseguiu descontar tamanha cor. Nunca mais o canto seria o mesmo a partir disso, com o canto cada vez mais aceitando casuais entradas de luz e novas cores. Em pouco tempo o canto se clareou de vez, e só o que descobriram no ambiente branco radiante foi um canto. Vazio. Alguns dizem que ele sempre foi assim. Outros afirmam ter ideias pipocando por todos os cantos, que em algum momento sumiram. Os mais céticos acreditam que nem Escuro o canto era. E alguns teóricos afirmam que nem um canto o lugar tinha, e sim uma esquina. As divergências levaram o caso a ser engavetado. e aquele canto, onde um dia tudo foi escuro e desmedido, alcançou a luz da simplicidade. Alcança até hoje.Tem gente que acredita em tudo isso.Até aí tem gente que gosta de jujubas, o que que eu posso fazer?
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