Hoje
eu preciso ouvir qualquer palavra sua, e não, não é aquela música
emo do Jota Quest(quem é que ouve Jota Quest?) e sim,foda-se, ela é
linda. Any-fucking-way, hoje foi um dia insuportável. Toda dor que
ainda sinto, não parava do momento em que acordei, até agora. E a
cada momento que passa eu me questiono se sofrer essa provação toda
vale a pena, se um dia alguém vai valorizar por 15 segundos qualquer
esforço que eu faça, se eu vou ser alguma coisa a mais do que mais
um por aí como eu sempre fui. Isso é ridículo, eu nunca imaginei
sentir tanta dor em toda minha vida. e hoje eu sinto os dois tipos.
Alt
Tab, cheguei a ver ela, não falei nada por que... Cercada dos
amigos, SEMPRE, não quero ser chato. Não sei, acho que tudo que eu
faço, pra qualquer pessoa é incômodo, especialmente pra ela. Vejo
ela com a atenção das milhares de pessoas e me aparece aquela
sensação de que... minha influência é muito irrisória pra
alcançá-la, não consigo me enxergar tendo qualquer participação
ali, e isso me frustra de uma maneira inominável. Como já disse
ela, isso não faz tanta diferença, mas who the fuck am i no mundo?
Não tenho esse poder todo, essa confiança toda, ainda mais com todo
esse cansaço, toda essa dor, tudo "isso". Se ao menos
tivesse sorte, ou um lampejo de criatividade. Mas é claro que nunca
tenho sorte, nunca é fácil. Tudo bem, não temo isso...
Eu
temo a decepção. Não a rejeição, por que veja lá que eu tenho
17 anos, já estou um pouco velho pra ter medo de toco né? Temo a
decepção que eu com certeza vou sentir se eu não conseguir fazer
ela sentir o que eu sinto, querer ter o que eu quero! Isso me
assombra de uma maneira aterrorizante. Imagina o quão imbecil irei
parecer se nada der certo? De novo não.
E
tenho uma retratação a fazer. A sucessão de eventos que me abatem
me fazem parar para pensar: Acho que acredito em destino sim. Ele
existe. Não o via, mas ele estava ali em algum canto. Em alguma
cadeira daquele auditório naquele dia, uma personalidade muito
quieta e imperceptível estava sentada e de olho... e me chamou pelo
nome bem baixinho “lucas...” e eu ouvi, e eu olhei. E eu vi. Essa
personalidade com certeza não tinha intenção alguma com aquilo...
Talvez questionem se o que é bom, o que é ruim é arranjado pelo
destino, mas eu acho que entendi que o destino não tem essa moral. O
destino só decidiu que assim seria, e foi. O destino é aquilo que
acontece quando a gente tá preocupado demais com o que vai fazer no
fim de semana. Aliás, quando vocês adolescentes que saem no fim de
semana estão.
Sim,
olhando agora, eu tive sorte nesse instante. Absurda sorte e talvez
um pingo burrice incontrolável, também conhecida como coragem. Mas
o que certifica que a sorte me foi justa? Não interessa.
O
destino me deu muita coisa. O destino me deu um sorriso lindo em
terceira pessoa. Lindo, silencioso, distante e as vezes esotérico. O
sorriso me deu lentes quadrangulares. O destino me deu olhos azuis.
Mas melhor do que isso, o destino me deu olhos, para que eu veja
aqueles olhos castanhos. Ele também me deu uma coisa sensacional que
eu não tinha há muito tempo: a sensação de que se o mundo
acabasse hoje, eu ficaria muito puto. A sensação de que se o mundo
parasse naquele momento, eu enlouqueceria de raiva! Por que eu não
quero morrer no menos. Eu quero mais, eu quero sempre mais(duas
músicas nacionais citadas em 1 texto, achieved) e eu não posso me
contentar com pouco. Não posso, nem quero acabar como o mundo sempre
acaba: de mãos vazias.
O
destino me deu muita coisa. O destino me deu, mas quem enlouqueceu
fui eu. Nisso o destino não tem poder. Não importa se fosse azul,
rosa, roxo, verde ou arco-íris ao invés de turquesa, a tiara
continua insubstituivelmente linda. Não importa nada. Mas antes que
me chame de mal agradecido, obrigado destino, por um motivo bem
intrínseco de voltar a viver. E obrigado tiara, por estar no lugar
certo, na hora certa. E obrigado sorriso, por dar chance ao destino.
yours,
Nenhum comentário:
Postar um comentário