A vida desse monstro da literatura de subúrbio foi uma desgraça, tuberculose, familia problemática, amantes, todo tipo de merda. morreu sem ver o filho, que era militante, ser solto pela ditadura.
Mesmo assim, se deu de inteiro pra arte de ser homem.Para o teatro, jornais, novelas, filmes. Se deu inteiro na arte de dizer a verdade dura e cruel na cara do brasileiro, do paulista, inclusive,"A companhia de um paulista é a pior forma de solidão", já disse ele.
AQUI vou dizer oque ele me ensinou: "Todo amor é eterno. E se acaba, não era amor".
"A mais tola das virtudes é a idade. Que significa ter quinze, dezessete, dezoito ou vinte anos? Há pulhas, há imbecis, há santos, há gênios de todas as idades."
"O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema mudo proclamou-se vilão. Nem o idiota se diz idiota. Os defeitos existem dentro de nós, ativos e militantes, mas inconfessos. Nunca vi um sujeito vir à boca de cena e anunciar, de testa erguida: 'Senhoras e senhores, eu sou um canalha'."
"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico."
"Hoje é muito difícil não ser canalha. Todas as pressões trabalham para o nosso aviltamento pessoal e coletivo."
Meu mentor que não me conheceu, meu herói que não me salvou.Obrigado.
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