domingo, 23 de dezembro de 2012

Kodak

Montanha de lama avermelhada

As cordas do violão não suportavam peso algum.
 
 Sabem, o mês de dezembro é representado pelo lapis-lázuli, que é uma gema ornamental azul, e seu nome vem da raiz em sânscrito, "vida do rei". Dezembro também tem como símbolo o narciso, flor de pétalas brancas, associada com o mito grego de Nascissus, o homem que se achava tão belo que foi castigado pelos deuses. Por quê estamos falando disso? Não faz diferença, tudo é uma droga.
 Vocês já foram atropelados por alguma coisa grande, como um ônibus, um navio, um satélite ou algo do tipo? Imagino a sensação que alguém nessa situação deve sentir. É aquilo de ver a merda vindo, e não poder fazer absolutamente nada pra evitar de ser arrastado pra dentro da situação. Por que é exatamente essa sensação que eu estou sentindo agora. Um ônibus espacial acabou de aterrissar à 800km/h na minha esquina, e eu serei atravessado por ele enquanto atravesso a rua no caminho da padaria. Em algum momento eu estou vendo esse ônibus. E por algum momento eu sei que não existe nenhuma hipótese em que eu saia bem disso, caso o Superman não exista nesse universo. Nada pode ser feito. Por quê um ônibus espacial aterrissaria na minha rua, por quê rapadura é doce ma num é mole? Os questionamentos começam a aparecer. Ok, por que de ser agora tanto faz, mas eu aceito, tudo é uma droga.
 E eu vou contar pra vocês porque tudo é uma droga: Porque elas precisam ser! Pelas próximas 20 horas, pelo menos. Tudo vai ser terrível. Todas as comidas terão gosto de isopor. Tudo vai quebrar, tudo vai ser insuportável. Todos serão irritantes. Tudo vai dar errado. A noite sempre fica mais escura, logo antes de amanhecer. Tudo bem, é assim que tem que ser certo? É assim que vai ser de qualquer forma. Me pergunto por quê eu não consigo ficar muito tempo longe dessas confusões. Tá no sangue, eu sou um Hobbit descendente dos Took, e o sangue aventureiro e encrenqueiro ferve na curva da esquina a caminho da padaria! É claro que eu jamais acharei uma montanha com o ultimo dos dragões antigos resguardando-a rabugentamente, e muito menos um grupo de 13 anões e 1 mago maconheiro. MAS hey, acho que o flag e as mulheres compensam a falta de magia com intensidade.

Cara, eu realmente devia parar de escrever e tomar mais rum....

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Invaders Must Die 2.0

Tem sido bem difícil, tenho que admitir. Mas não há nada que possa ser feito sobre.
- Pedrão, talvez só perguntar pra ela seja a resposta.
- Pf, só isso pra me oferecer bro? Pensei que estávamos aqui pra resolver um assunto sério.
- É, nós estávamos, a nossa festa de fim de ano, até você vir com essa história da sua menininha.
- Não-minha menininha, JP, você esqueceu do fato mais importante.
- Dá no mesmo, você vai estragar tudo de uma forma ou de outra.
- Adoro a confiança que meus amigos me depositam...
- Olha, você não pode dizer que não viu isso vindo. Durante toda sua caçada histórica pelos campos do amor, tudo que achou foram ossos e peles secas de carniças pela floresta. E teve aquela bonitinha, como era o nome dela mesmo? Bruna, isso... tirando aquela deusa pequenininha, fofinha, lindinha e inocente, que devemos lembrar que você DESTRUIU, você nunca realmente se esforçou em seus espólios de guerra.
- Se tá completamente maluco? Eu sempre fui bom em achar mulheres incríveis e apaixonantes.
- Sim, no caso, todas namoravam ou eram loucas o suficiente pra assustar o Batman. To errado Zico?
- Odeio concordar com ele, Pedrão, mas... você tem um azar com compromissadas sim... E JP, maluca, foi só uma.
- Tem certeza? Aquela de cabelo azul não era? tenho certeza que ter visto ela comer uma vela de baunilha uma vez...
- Aquilo foi minha culpa, eu botei a vela na cozinha... Ok, ela era uma maluca do cacete. De qualquer forma, o grande apoio de vocês agora não me adianta de nada. A merda já tá feita. Já estou me sentindo um completo idiota toda vez que vejo um comercial de comida chinesa.
-AH não. Se tá me dizendo que a gente vai parar de comer Yakissoba  também?
- Relaxa bro, podemos comer no china sim... Só que vai ser meio difícil pra mim comer o rolinho primavera... Me lembra o esvoaçante cabelo dela naquela tarde de primavera...
- EI EI EI EI, vamo parar com essa porra! Tu virou o que, um Teddy Bear? Cresce um par de bolas, homem!
- Tá difícil mano véio... Enfim, conclusões?
- É o que, isso aqui é uma tirinha de jornal por acaso?
- Pode ser uma crônica.
- Ah vá se f%$ pra lá com sua crônica!


E assim mais uma tarde passou pra eles, sem qualquer solução para aquele pequeno problema que incomodava grandemente um deles. E, assim como um grupo, eles jamais conseguiriam passar por isso separados. E por mais difícil que seja, eles tomariam uma decisão a fim de ajudar o pequeno grande amigo. E um dia quem sabe, tudo daria certo. E eu iria parar de começar uma frase com "E ...".
"Eu amo tudo nela, e eu não sou um cara que diz isso facilmente. Sou um cara que fingiu amar a vida inteira. Eu achava que "amor" era apenas algo que idiotas achavam que sentiam, mas essa mulher deu um nó no meu coração que eu não desataria nem se eu quisesse, e houve vezes que eu quis desatar. Isso tem sido esmagador, humilhante e até doloroso as vezes, mas eu não pude parar de amá-la mais do que eu posso respirar. Eu estou perdidamente, irremediavelmente apaixonado por ela. Mais do que ela imagina."

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Será que você consegue ser tão sincero assim?

5 coisas, na ordem de importância, que uma mulher deve ter pra ser perfeita

1-Ser engraçada
2-Que me atraia fisicamente.
3-Não goste de funk (na moral).
4-Seja espontânea, me conte tudo o que passa pela sua cabeça, sempre.
5-Que transe.
P.S.: Gosto mais de morenas, asiáticas e ruivas(mesmo que tingida), do que de loiras! Me atraem bem mais.

  Sabe o que mais me interessou nesse ponto de vista de um grande amigo meu? A verdade nas palavras que ele proferiu. Veja, podemos aqui divagar sobre o universo e tudo mais, procurar respostas e motivos pra se ter interesse em alguém e blábláblá, mas, no fim das contas, temos que lembrar que somos seres humanos. E nós temos algumas necessidades psicológicas que devem ser cumpridas de modo a nos interessarmos por alguém. Tem que encaixar na sua necessidade. Não adianta forçar  acreditar que só amor, só lealdade sustentam uma relação. Não sustentam. Não estou dizendo que a lealdade, o amor não são importantes. Mas não são tudo. É por isso que a sinceridade e personalidade desse meu grande amigo ao dizer isso me deixou orgulhoso. Vamos ver isso profundamente:

1 - Ser engraçada
 Ninguém gosta de ficar mais do que 5 minutos perto de alguém chato. Isso é universal, uma pessoa que leva a vida muito à sério é insuportável, e não ri das coisas, não vê a beleza dos pequenos fatos, não procura se divertir. Meu amigo, essa pessoa vai morrer sozinha, caso continue nesse ritmo. E uma mulher assim ainda? Jesus Maria José, já pode comprar os gatos agora, pra se acostumar, por que mais problemas no caminhão de confusão que o ser humano XX já tem não ajudam em nada. Então, pontos pra você que ri de graça.

2- Que me atraia fisicamente
  Não vamos ser hipócritas e dizer que o interior é o que conta. Não, se a mulher na sua frente é um dragão milenar de 1 milhão de escamas negras como a noite e com asas flamejantes, você não  vai se interessar por ela da mesma maneira que se interessa por uma meniné comum. Não é assim. Também não to dizendo que ela não pode ser sua amiga, nem que você não vai se interessar por ela em algum momento, nunca sabemos de nada. Mas porra, é bem difícil jantar num restaurante no meio do Bronx se você pode evitar o risco de tomar um tiro, comendo um lanche safado do Wendy's na Fifith Avenue. Know what i mean? E a atração física meus senhores, também não tem tanto a ver com beleza assim como pensam. É química. Pura e simples química.  Quem aqui nunca se sentiu um absoluto incompleto ao ver uma garota descer uma escada? Não a mais bonita das garotas, nem a mais inteligente, nem a mais conhecida ou nem a mais sensual delas, mas, que de alguma forma, te fez se sentir um absoluto incompleto. É a química.

3- Não goste de funk
 Aqui temos um aspecto bem importante pra determinar se a garota é interessante e boa o suficiente pra se enquadrar em Perfeita: o quesito Dignidade. Ok, adolescentes gostam de merdas e fazem muitas merdas ao longo desse processo de envelhecimento, mas veja bem, dançar funk em cima de uma mesa durante uma festa é uma coisa(bem interessante, aliás), Chamar o funk de seu futuro e criar uma dupla com o MC pancadinho(ou QUALQUER MERDA parecida), ou se esfregar em pênis alheios, de pessoas que você talvez nem conheça, todo sábado, é outra. Sua puta louca. É, você mesma, repense sua vida, sua cadela( brincadeira, só tenho leitoras lindas e maravilhosas que são do lado branco da força)!!!

4- Seja espontânea, que conte tudo que passa pela sua cabeça, sempre
 E então temos um assunto menos básico, e um pouco mais discutível. Bom, espontaneidade não é algo que todos possuem, portanto não é tão absoluto assim que todas as mulheres do mundo digam tudo que está acontecendo em suas mentes. Pra falar a verdade, isso é uma utopia bem impossível, por que é impossível conseguir a confidencia de sua parceira sempre. Por muitas vezes vão querer que você adivinhe o que ela está sentindo( e eu sei o quanto isso é irritante) e como a situação deveria acontecer. É típico delas, e todos sabemos que vai acontecer, então, hey, não vejo nenhum problema em ser introspectiva aqui. Por outro lado, uma mulher que seja totalmente franca comigo, meu jesus maria josé, seria bem incrível.

5- Que transe
 Novamente, um aspecto que dentro da nossa faixa etária, é discutível. Veja bem, algumas pessoas, as mais intransigentes principalmente, devem entender que nós somos seres vivos. O nosso objetivo nessa terra de Jah é se reproduzir. E temos genitálias por causa disso.  Caso você abra mão desse objetivo, seu dom da vida foi desperdiçado! despedaçado! seu organismo vai ruir por dentro, e seus ancestrais vão te amaldiçoar de seus túmulos! tá bom, tirando a brincadeira, sexo é algo que existe e vai existir em todas as sociedades de todos os seres vivos em qualquer momento da história do Universo. Fugir disso da maneira errada pode causar muitos problemas. Mas não é nada tão sério assim pra se discutir certo? Ou se quer, ou não. Não há muito o que ver aqui. Se você, menina, faz, parabéns, me mande um vídeo depois. Se não faz, parabéns também, espero que a pessoa certa esteja a caminho, e quando fizer, me mande um vídeo depois(não custa nada tentar).


E sobre o PS: compartilho do seu conhecimento meu amigo, orientais são demais. E loiras realmente não são mais a cereja do bolo.


aliás,
    asiáticas, orientais e mestiças em geral, estou solteiro :)


terça-feira, 13 de novembro de 2012

There Will Be (Blood) Fun

Daqui dez minutos , segundo nosso horário de verão de Brasília, será 14 de novembro. O que não quer dizer NADA! mas, como eu devo aceitar, é o fim do meu aniversário nessa Terra de Deus(Alá).

Sabe, nunca dei importância para meu aniversário depois de uma certa idade. Acho que minha formação familiar contribuiu um pouco, e vamos combinar que dois irmãos e uma mãe só, não dá muito espaço pra frescura. me lembro de alguns anos que passei o dia inteiro comendo porcaria e jogando videogame, atendendo ligações dos meus milhões de parentes e só. e foi bom, não reclamo. Alguns anos passei dormindo, trabalhando, estudando ou, não me lembro ao certo, fazendo algo corriqueiro. E também não reclamo.

Esse ano, tudo se encaminhava pra ser igual, mas aí eu me toquei de algo bem importante: Não importa a atividade, a situação e a quantidade de informações envolvidas, é um dia bom, como qualquer outro deve ser, e quem impõe tal importância sou eu. e a partir daí rapaz, foi bem legal! até encontrei 10 centavos no chão! olha só!

Enfim, relaxem, a vida passa, e eu me sinto bem com isso, apesar do que as pessoas podem pensar sobre meus problemas e talz... eu não tenho medo do tempo passar. Engraçado, tudo que eu mais temia era morrer. E não pelo fato de morrer, e sim pelo fato de não ter como continuar.... aprendendo... vendo a vida. E agora o que eu menos temo é isso. Eu temo não conseguir aprender, ver a vida, agora! Porque não tenho mais tempo pra pensar. Nem pra duvidar. Então, a vida passa. e eu aprendo.

E meu coração, bate. sangue, e não por ninguém. E assim vai continuar. Amar não envolve  viver por ele, mas com ele. e assim um dia vai. Até lá, eu continuo  dormindo até mais tarde nos Domingos.



quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Drops do leste(de melão) sobre a curvatura da luz(é mentira)

Assim, eu gosto dela, eu a acho incrível, e eu tenho certeza que ela é mais incrível ainda, mas, agora, o que eu posso fazer? do something?
- "Mas...tem sempre aquele ninho de mulheres em volta dela". 
"Aposto que se eu fosse imperador do mundo ela  me respondia". 
- "Aposto que se você fosse falar com ela pessoalmente ela também ia te responder." 
- "Jimmy, as coisas não são tão simples assim." 
- "São sim."
E é claro temos o grande problema daquele GRANDE IMBECIL e maldito OL.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Drops de(Uva) todos os problemas físicos do mundo.

Assim, não que eu esteja criticando o plano de criação de Deus/Buda/Acaso/Chuck Norris, mas eu estou.
 A terra tem muitos problemas. Pra começar, ela é redonda. E sendo assim, eu não posso empurrar aquele filho da puta esnobe pelo abismo do espaço(eu teria que socá-lo MUITO antes, e isso causaria um mal estar). Outro problema é que a terra tem uma gravidade enorme, e com isso, eu não posso levar aquele pedaço do oriente para as nuvens. Mais uma questão bem irritante é que a terra possui uma atmosfera significativa e densa em que eu jamais poderia discursar meus problemas sem ser visto, tendo nota de que uma névoa se dissiparia logo.

São tantos problemas que não têm fim. Espero que a terra tenha um bom encanador, eletricista, pedreiro e pintor, porque depois das reformas que irei fazer, as coisas vão ficar selvagens!


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Drops (de melancia) da Saudade

 A vida é feita de pequenas coisas. Vingitilhões de pequenas coisas pra ser mais assertivo. Sentir um perfume persistente o dia inteiro, por exemplo.

São coisas lindas que eu tenho pra te dar. Bem, não todas elas são lindas e nem todas elas eu conseguiria me aproximar sem ser carbonizado, distorcido magneticamente ou derretido, mas, ainda assim é um bom plano. Hei, não critique, atravesse um sistema galático por si mesma se for mesmo tão importante(caso você critique)!

Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro. Mas eu faço um esforço.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

A História....só isso.

  Ninguém dança pelas estrelas. Isso é uma falta de conduta inter-estelar gravíssima. É errado porque, veja bem, as estrelas estão lá em seu canto, acostumadas a longinquidade de suas iguais, ao silêncio, ao menos quando as explosões solares não vêm(se bem que não tem som no vácuo) e ao grande problema de intimidade que estão sendo impostas pelo, bem, o nada. E subitamente essa visão angelical(minhas palavras) atravessar o cenário e perturbar toda a ordem dessas bolas de fogo gigantes seria rude. E perigoso, mas estamos jogando conceitos físicos pela janela aqui(é, as explosões agora fazem barulho!) e o foco da questão é que, as estrelas serão ofuscadas. E aí todas elas perderiam o brilho diante dela, e todos planetas que dependeriam do calor das estrelas seriam castigados com o congelamento instantâneo e morte de todos seus possíveis habitantes!
  E assim ela decidiu, um dia, que ficar extremamente feliz, ao ponto de dançar nas estrelas, seria errado. Pelo menos meio problemático. E então pegou o costume de dizer a si mesma:" tristeza é a felicidade de pessoas profundas"(Doctor Who era decididamente a melhor série de todos os tempos[depois de FRIENDS{e How I Met Your Mother}]) para se convencer. E ela deveria ser, em algum momento, profunda mesmo, mas a capa de felicidade que automaticamente a revestia por conta de sua natureza não deixava isso nada claro. Como você pode ver, o fenômeno de profundidade só é argucioso para pessoas igualmente profundas. E eu sei que mais da metade dos leitores vão pesquisar o que é argucioso no Google, me mostrando que mais da metade dos leitores não são profundos. Ou as vezes só não tão nem aí pra essa porra de português(o que eu respeito igualmente). Enfim, acho que me perdi certo? Vamos num novo parágrafo.
  Não que sua personalidade fosse incompatível com profundidade, not at all, mas a aquela altura da vida, o mundo pedia menos seriedade. Coisa que nosso escritor não consegue perceber, inclusive. Sua aura de bom humor era algo inacreditável até mesmo para um mexicano de barriga cheia. E isso poderia ter sido um fator decisivo muitas vezes em sua vida(aí eu realmente não fiquei sabendo), mais importante, isso foi um fator decisivo aqui, na nossa história. Incrível também como eu escrevo e não digo nada. Me sinto pronto pros vestibulares. Voltando ao assunto, nunca, nunca, nunca e nunca de novo, ela foi vista com problemas grandes demais. E ai morava o perigo. TODO MUNDO tem problemas grandes demais. E se nunca vista, em algum lugar eles teriam que estar. E estavam. De fato, eles não seriam tão grandes se sua doutrina de evitar a catarse estivesse fora de jogo. Mas não estava.
   Talvez, o grande erro não era o tamanho do problema, e sim o fato de ela não conseguir carregá-lo. E mesmo que , talvez, ela sempre soubesse disso, provavelmente não houve como se preparar, pelo motivo mais intuitivo que é a fé cega. Caso não saibam, a fé cega é quando nos agarramos há algo tão desesperadamente que em certo momento, não estamos mais agarrados a mesma coisa de antes. É ver com os olhos e não ver nada. E de um instante de paz, ela se perdeu. Talvez eu não saiba como, talvez eu não saiba o porque, talvez eu não saiba por quanto tempo, talvez eu não saiba nem se isso realmente importou, mas é concreto que ela se perdeu. E isso foi bem triste, de uma forma completamente diferente da tristeza de pessoas profundas. Foi tristeza, de uma pessoa sofrida, eu posso apostar. Foi o olhar azul. Não azul da cor do mar, azul da cor do céu ou azul da cor de uma orquídea, mas o olhar azul, de vazio, como um horizonte oceânico. Veja, os olhos são as janelas da alma, e, de alguma forma, eles te refletem. E quando não refletem, culpa desse azul.
  Só porque você está perdendo, não significa que já perdeu. Só porque você está sofrendo, não significa que você está acabado, não significa que você deva parar, não significa que você deva se render, nem que você não tenha o que mereça, nem o ruim, nem o bom, apenas o justo. Coldplay me ensina muita coisa. E assim, no momento em que se perdeu, ela atravessou a linha. E tudo que tentou, não acabou como planejou, toda ponte que tentou atravessar, toda porta que tentou abrir, e por um instante, o balanço universal se contorceu de dor. E ela também.
  O que foi feito, jamais vai ser desfeito. Não pode ser desfeito. E ela aprendeu isso ao longo do caminho, e devagar(ou não) as coisas voltaram ao normal. O universo se equilibrou, e ela enfim respirou. Talvez alguma nova doutrina, o apoio dos amigos ou o tempo, é tudo especulação. O único culpado por se perder, e por se achar, foi ela mesma. O que só deixa nossa história mais bonita. E mais longa.

Toda essa história foi feita por insistência. Do destino. E o destino foi bem bondoso quando a fez lembrar disso tudo em seu momento menos reflexivo(um dia de atraso). Bondoso por lhe encaminhar para algo que ficou conhecido na história recente como: "O Novíssimo Pacto Molotov - Ribbentrop ou O Novíssimo Grande Dia ou mais alguma coisa que não conseguimos lembrar." Quando se atrasava, ela possuía o curioso hábito de não se importar. É curioso e mal interpretado por minha parte, mas na literatura, mudanças de características são permitidas. E ao se deparar com o grande portão cinza cintilante de sua instituição escolar(também conhecido como colégio) teve uma ótima descoberta - Seu relógio indicava uma hora de atraso. O que ela não sabia é que eram duas, e seu relógio estava estranhamente errado. Então esperou ali, perto da sombra causada pelos prédios pecaminosos da rua, até o momento de entrar. O que não aconteceu, para o azar de muitos, e a sorte de dois.
  De uma percepção sútil e súbita(complexa, diretamente) teve a visão de um, segundo suas palavras mentais, confuso garoto. Não sabia ao certo porque atribuir esse adjetivo automaticamente, mas também não via porque não, E estranho era mesmo, pelo fato dele ser absurdamente normal. ABSURDAMENTE NORMAL. e simples. Aquilo ecoou por alguns segundos. Foi chegando mais perto, mais perto, e quando ela já conseguia ver o suficiente, conseguiu concluir: Ele realmente era simples. Assim a conclusão explodiu e a questão continuou viva. E então ela reparou que, se não fizesse nada agora, nunca mais teria a chance de responder essa questão, porque obviamente o garoto desapareceria de sua vida. Desse modo, reagiu. Da pior/melhor maneira. Se levantou do banco e quase que reflexivamente só percebeu a rapidez com que ele caiu no chão no mesmo instante. Foi épico, e engraçado pra caralho. Anos depois especialistas concluíram que o distúrbio na força causado por ela levantar provavelmente foi o responsável pelo acidente, mas o inquérito a muito havia sido fechado.
- Meu deus, tá tudo bem contigo?!?
Ele se ajeitou ainda no chão, e por algum motivo maluco(mais tarde,explicável) ali ainda permaneceu.
- Eu acho que sim, ainda não tive tempo de pensar nisso hoje.
Ela riu timidamente.
- Quis dizer por causa da queda!
- Ah -Ele olhou para alguns lados, surpreso, e então, quase como se tivesse reparado que havia caído só agora- estou bem, obrigado.
  Estendeu sua mão para que ela lhe ajudasse a levantar, sem perceber que, obviamente, havia um cavalo de diferença entre suas forças. Talvez dois. E ela olhou, pensou nas possibilidades de isso dar muito errado, de como seria vergonhoso, de como ele não parecia nada normal agora, de como seu cabelo era incrivelmente irregular, imolável e ao mesmo tempo macio e liso. Tudo isso em um milésimo de segundo, porque esse tipo de pensamento NUNCA demora. Pegou a mão, e puxou. Com toda sua força, mas não resolveu muito. Ele se sentiu meio impaciente, e resolveu ajudar. Todos nós sabemos que ela voou pro chão com a mesma determinação.
Rindo com a mesma intensidade de sempre, ela se viu. Ele, de uma maneira muito superior, riu como uma hiena muito animada. Foi épico, e de novo, engraçado pra caralho.
- Eu sou Pedro Augusto. Pedro como o Czar, e Augusto como o Imperador.
Ele estendeu novamente a mão, sorrindo
- Se você não me arremessar para mais algum lugar de novo, eu lhe direi meu nome.
- Realmente tentador. Não não, minha mãe sempre me disse para não conversar com estranhos. Você me diz seu nome e eu te arremessarei para as estrelas, onde, sei lá, você pode dançar nelas.
Se sentiu boba, e rasgou todos seus protocolos.
- Não não,tenho uma ideia melhor. Me leve pra tomar café em Plutão, e pode me chamar como quiser.
-Pode parecer idiota, mas não consigo pensar em nada melhor que "Anjo".
Ela apertou-lhe a mão na velocidade de um raio. E foi assim, e assim foi, que começou algo que ficou conhecido na história recente como:" Nova Vida". Ou da minha maneira despojada, As nossas vidas. As suas vidas. As vossas vidas. A vida.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Tá certo(Tá errado).

Como os leitores perceberam, eu escrevi dois contos. Começo, meio, fim, personagens, texto, roteiro, diálogos, pensamentos e tudo que tem direito. eu adorei fazê-los, adorei vê-los repercutirem e tudo mais.

Mas, eles me gastam uma energia enorme para fazê-los. e uma certa... pesquisa, if you catch my drift. Eu levo um dia INTEIRO escrevendo, apagando, escrevendo, corrigindo, mudando, rimando, e apagando tudo de novo por achar uma merda. Leva tempo, e geralmente preciso de ajuda, de uma consultoria. As referências devem estar todas no lugar certo, na hora certa, na quantidade certa.

Por tudo isso, eu peço POR FAVOR que esperem um pouco mais para eu fazer mais um. Mas já adianto que falaremos de muita gente. e de ninguém, porque são personagens fictícios(HUM HUM).

Vamos aproveitar então e falar um pouco sobre como estou( eu sei, ninguém gosta, mas, tem alguma ideia melhor?). MAL

Ponto final.

Mentira.Vou muito bem.Saudável(tirando uma tosse persistente), forte(tirando o fato que estou meio longe dos pesos na academia), estudioso(tirando uns Is) e seguro( Tirando eu me envolver com a pessoa errada de novo). Ou seja, tudo bem(ou seja, tudo errado).

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A História M de Mitológica

She's a Killer Queen
Gunpowder, Gelatine
Dynamite with a laser beam
Guaranteed to blow your mind
Anytime


Ao ouvir os sutis e ritmantes acordes dessa, que figurava entre suas melhores( figurava mesmo? who cares?), música, se deu conta que estava pronta para viver mais um dia. Ou pelo menos achava, e isso já era suficiente para enchê-la de confiança ao ponto de não sobrar espaço para mais nada. Ok, talvez espaço para um café da manhã. Pensando melhor, teria espaço para mais alguns impasses, mas isso estava fora de previsão no momento. Se levantou no menor ritmo possível, pois ao tentar levantar rapidamente se lembrou/sentiu que as dores dos constantes exercícios físicos do dia anterior lhe abatiam.

E desde então, fez tudo que as mulheres fazem para se aprontar( que eu não faço a assombrosa ideia do que seja) até ficar, de fato, pronta( o que significava se levantar, no caso dela, mas isso era algo que não conseguia perceber) e se reunir com sua família nas partes mais mundanas de sua casa( o resto da casa). Perdeu algo entre um instante de segundo e duas horas tentando se lembrar do que sonhara, mas quando viu sua causa falhar, desistiu e entrou no mundo dos fones de ouvido. Deste ponto em diante, tudo foi sinfonia. Bouree em Mi menor, aliás. Se bem que, ela se lembrava vagamente de For Those About To Rock por um som de canhão, mas não tinha certeza se era a música ou Alguma disputa de posse em seu centro étnico cultural( Samurais, Shoguns e Daimyos em suas guerrinhas), mas isso não nos importa muito por enquanto( vale a menção honrosa a sua etnia[que eu tanto respeito] que agora nos fica clara). Me perdi no assunto?

Quando ela voltou a seu estado de consciência normal e ativa( que é quando eu quiser, porque quem escreve nessa porra sou eu!) coincidentemente já estava na hora de rumar para o antro de conhecimento desnecessário que era seu ambiente escolar. E para constar nos altos, até a data dessa história em questão, ela nunca havia apresentado fator negativo em sua vida escolar. Ao rumar, da forma mais ecologicamente viável possível(AH TÁ) para seu precinto escolar, acabou por se deparar mais e mais desconhecida de si mesma. Estranho não era sua repentina crise de identidade, e sim o fato de mudar o assunto padrão de suas viagens, marcas de sapatos. Quando por um instante se estapeou mentalmente e se lembrou que, segundo seu modo de vida, crises de identidade são inaceitáveis, acabou por acabar sua viagem, e então se surpreendeu  novamente por mudar o assunto padrão de arredores da escola de cores de esmaltes para auto-críticas. Esse sem dúvida seria um dia para marcar sua confusão mental. 

Viu sua colega de sala, Ângela, ser a penúltima pessoa a entrar pelo cintilante portão cinza de seu colégio, e a última, algum garoto com um cabelo de um formato que não conseguia definir. Não deu-lhe muita importância pelo fato de ter uma inundação de garotos com cabelos de formatos indefinidos, e se tinha algo que ela não conseguia de maneira nenhuma aceitar em um homem era a falta de simetria capilar. Mas ambos, ela e o narrador tinham uma sensação um tanto quanto certa de que esse assunto seria melhor abordado no futuro. E foi. Depois os detalhes serão expostos. Dessa forma, se viu atrasada pela primeira vez em 16 anos. Não atrasada para a aula, Atrasada PONTO. Seus antepassados então viram, desapontados, do mundo dos espíritos, esse recorde legendário e familiar ser quebrado.

Ao entrar de uma maneira totalmente derrotada pela porta de sua aula de Espanhol, e ao ver todas as faces dos alunos(e professora) com uma incredibilidade digna de recorde, ela teve certeza que era o pior dia de sua vida, e toda a sua pré-intuição de existir algo positivo no dia implodiu.

Se sentou na cadeira que já lhe era de costume(onde havia um Manuela escrito em letras garrafais roxas), sob uma certa tensão da sala, e com uma cara de oriental triste( que eu não tenho certeza de como é) pegou suas coisas. Sentiu o celular tocar, e ao ver a mensagem nele escrita, teve mais uma catarse. Dessa vez a crise de identidade, a auto-crítica e a sensação de insegurança, causadas pelo azar terrível, foram obliteradas de seus pontos cognitivos. Tudo que viu brilhar naquela tela de 3,4 polegadas foi:"Manu, Bom dia". E ela teve. A partir desse instante, ela teve.

A História Completa

Naquele dia, se levantou no horário normal, só para balançar o equilíbrio do Universo, e como segunda ação do dia, sentiu o cheirinho apaixonante do café(A primeira foi checar se não tinha sido transportado para Valinor) e então abriu um leve sorriso. Começava mais um dia, mais uma semana, e mais um mês, como se uma combinação de boas vibrações o atingissem a partir do calendário. Ah! O velho calendário, produzido em 2002, mas que surpreendentemente(e um pouco assustadoramente, por assim dizer) marcava até o dia 21 de Dezembro de 2012. O calendário era, como sua mãe muito bem chamava, um calhamaço de papel escolar de 121 folhas( os 120 meses e 1 extra, no caso do mundo não acabar segundo ele mesmo previra) com uma cacetada de coisas escritas. E em parte ela até estava certa, mas com a omissão de alguns detalhes, como, por exemplo, ter exatamente 12 milímetros de espaçamento entre cada dia, semana, dia da semana e número. O número da sorte de seu criador era 13, mas ele gostava de dar chance ao destino, subtraindo 1 número em tudo que o envolvesse, e pelo fato de números pares serem mais agradáveis para a estética humana(é o que todos os livros de arquitetura lhe disseram).

Levantou, colocou seus chinelos de Darth Vader, que ele mesmo havia feito(em um dia tedioso sem internet), e rumou em direção a cozinha, algo que não era muito difícil pelo fato de sua casa ser desconfortavelmente apertada. Haviam pães amanhecidos dentro de um saco sobre a mesa, e o tão esperado café jazia na segunda parte mais obscura da casa(a pia), próximo do escorredor de louça e de toda a tralha que sua mãe insistia em guardar. Pegou a garrafa, checou a validade do café em questão e, de uma maneira frustrante e de forma até desagradável para um outro ponto de vista, descobriu-lhe morno. Praguejou em nome dos Sete, cuspiu o café para a pia e forçosamente lavou o que havia sujado. Quando olhou em volta, e (mais uma vez) se deparou sozinho, disse para si mesmo de uma maneira ironicamente agradável: 
- Que ótima maneira de começar mais um dia emocionante.

Havia se acostumado a ficar sozinho. Desde muito cedo, sempre se viu livre em sua casa, devido a atarefada vida de seus familiares adultos. O único fato que ele mesmo esquecia era que também estava virando um adulto, e encarar de frente essa nova realidade era, de certa forma, impossível. Ficar sozinho era como se enturmava no mundo e ficar na companhia de muita gente só criava uma aura de solidão, que pelo final da situação, lhe deixava isolado de novo. 
Claro, possuía alguns amigos e eles não lhe deixavam assim, mas sua reuniões envolviam D&D, MMOs, Simuladores, conversas sobre mulheres que nunca iriam ter(?) e coisas que, em seus ambientes, só eles se interessavam.

 Eram eles:
O Lucas, mais conhecido como gigante gentil, ou só gigante. Ele tinha 1,90 de altura desde... bem, desde sempre, ou pelo menos desde que se conhecem, e isso é sempre.Sua personalidade era a mais explosiva, heroica e previsível possível, inclusive seu queixo era enorme e quadrado, um típico herói da Disney. Se ele era o gênio do grupo e Lucas o herói, o outro amigo era decididamente o gatuno, um típico bom malandro, Martin. Martin era seu nome do meio, mas como seu primeiro nome era Rudolph(e pouca gente sabia disso) acabaram por decidir chamá-lo assim logo quando se conheceram. Essa história é incrível, inclusive, mas fica pra próxima. Martin era o bom malandro, por uma série de fatores: Seu vocabulário carioquês, cheio de qualé, mermão, cumpadi, bróder, exquenta, exquece, expera, sacanági e por aí vai; Sua atitude minimamente suspeita de estar sempre com fome e fazer de tudo por um lanche; o estranho poder de sempre ter tudo que alguém precisa no momento consigo e o fato de sua origem se dar no mais afastado dos bairros da zona leste de São Paulo. Apesar de parecer terrível, ele era terrivelmente carinhoso, cuidadoso, paterno e engraçado com seus amigos, de forma que os afastava das coisas ruins e menos ingênuas. Boatos corriam que ele havia arranjado uma namorada, algo que, teriam que tirar a limpo mais tarde. Já o próximo amigo era algo entre o mago da destruição genial e algum bobo assombrosamente irritante. Como não chegaram em nenhum consenso, acabaram por colocar os dois títulos em sua ficha. Seu nome era Jimi, ou era assim que todos o chamavam pela sua identificação com Hendrix(e por não ter NADA a ver com ele fisicamente também), e por não saberem seu nome. Eles nunca perguntaram aliás. Jimi era uma miscelânea de um gênio matemático perfeccionista( um Sheldon, por assim dizer) com algum terrível contador de piadas notoriamente pervertido e um grande guitarrista de heavy metal, habilidoso e apaixonado pela música. Sim, tudo isso, e se procurassem em algum lugar, eles provavelmente acabariam achando um pouco mais. Mas apesar de tudo, era um cara legal. O último integrante de seu grupo era o Cazé, ou Carlão, Zézão, Zé, Carlinhos, John, Jiraya, Legolas, Ozzy Osbourne, Aslam, Ablon, Boromir ou qualquer outro nome maneiro da semana que eles arranjassem(o ritual é: cada um escolhe o nome da semana baseado em sua inspiração, nas reuniões de Domingo). O Cazé era o grande fiel da balança do grupo. Jogador de futebol, rápido, forte, esperto e atlético, tudo que o grupo inteiro não era. Seu conhecimento do mundo "exterior" pelo status do futebol lhes dava a visão mais ampla da existência, e ao mesmo tempo seu interesse pela cultura lhe deixava em xeque com o conhecimento que eles possuíam  Sendo assim, faziam a troca de informações e favores. Cazé também era o menos presente no grupo, mas não menos amado. Nessa sociedade, todos dividiam o mesmo fardo da amizade e suas recompensas.

Eram um grupo bacana. Ele se lembrou disso enquanto se arrumava para seu doloroso dia de aula. E por pensar nisso tudo, perdeu um tempão, e acabou se atrasando(foi aí onde o equilíbrio do Universo voltou ao normal).

 Ao chegar esbaforido e desorientado, passou pelo portão cintilante cinza de sua terrível e amada instituição escolar, e se deparou com uma visão que mudaria absolutamente tudo em sua vida, mesmo que não soubesse disso ainda. O sol do meio-dia escapava rispidamente pelo vão do pátio e de alguma forma brilhava com carinho sobre algo ligeiramente castanho, que agora figurava claro, e apavorantemente lindo. Algo vermelho lhe chamou a atenção, e quando reparou, eram sapatos. Olhou novamente para o algo castanho, e quando se deu conta, haviam sutis olhos também castanhos lhe fitando com um ar de curiosidade. Percebeu então que eram cabelos castanhos, sapatos vermelhos e ali figurava uma criatura estonteantemente linda.

 - Luis?
Olhou para si mesmo com espanto, sem desgrudar daqueles olhos, que agora lentamente balançavam para os lados, em busca de uma explicação. Recobrou a consciência e só conseguiu murmurar
- ah....
- Luis, você se atrasa sempre ou eu andei reparando muito, recentemente?
Tentou se lembrar quem ela era. Falhou miseravelmente. Tentou então descobrir como sabia seu nome.
- é... desculpe se eu parecer grosso ou idiota, mas como você sabe que eu existo?
- Como assim? estudamos juntos seu engraçadinho, é claro que sei que existe! Nós nunca nos falamos, mas sempre te vi por aí. Eu sou a Ângela.
Tentou segurar sua mão para cumprimentá-la, mas só o que sentiu foi um perfume em seu rosto e o súbito beijo de cumprimento. Avaliou, mesmo que rapidamente, o suave toque dos lábios dela. Quis deixar de existir a partir de então, só para evitar se envergonhar e enlouquecer mais. Até parece que o escritor ia poupá-lo de mais.
- é, oi. Desculpe se não falo muito, como você viu, estou meio atrasado... E desculpe se eu peço muitas desculpas! Bom tenho que ir então até mais, tchau!
Saiu como uma versão avançada do Flash em direção ao corredor e tudo que viu foi o relance daqueles olhos de novo, dessa vez acompanhados de um sorriso, quando passou pelo pátio. Aquele sorriso lhe deixou inquieto. Ela, por sua vez só conseguiu dizer a si mesma após uma risadinha:
- Não deu tempo nem de avisar sobr...

Então acordou com seu professor de Geografia lhe lançando gizes e dizendo:
- Luis, dormindo na minha aula DE NOVO?
Foi tudo um sonho. Se sentiu por 12 segundos aliviado, e ao mesmo tempo decepcionado. Não conseguia acreditar que uma garota daquela categoria reparasse nele, o que já era esperado. Ao mesmo tempo o ato de interação, não, o que ele definiria como ato de crucial importância para a História( ao menos a sua), foi incrivelmente confortante. Excluindo a vergonha, algo que ele já estava acostumado naquela altura do campeonato, Foi realmente incrível. Que desperdício, sua mente havia lhe enganado de novo. Se ajeitou e tentou entender o que acontecia na aula.
Luis, que diabo é isso vermelho na sua cara? -Indagou sua colega Bruna, que não é nem importante nessa história, nem desimportante. Uma verdadeira neutra.
- hãn?
Olhou a tela de seu celular. Era a marca de um lábio perfeitamente delineado por um batom.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Unha rosa, Olho Azul.

 Estou meio que em um bloqueio criativo, e não sei porque. Não que tenha nada de errado. Na verdade estou muito bem, acho que até mais do que deveria. Sabe aquela sensação de que tem alguma coisa que não deveria estar tão certa? bom, vamos lá.

Que título genial não? pena que só eu e mais uma iremos entendê-lo. Eu definitivamente preciso ganhar algum prêmio. um jabuti talvez. ano que vem um camões seria legal também.

De longe eu olho e vejo todas as pessoas do mundo exatamente iguais. Alguns detalhes as dividem em um punhado de categorias, mas, quando vejo mais detalhadamente, elas são idênticas. Não sou o tipo de pessoa de ter essa crise de identidade, parecendo uma bixa louca que detalha tudo. Quem faz isso é o quaresma. Dá pra acreditar que o cara sabia a forma de se vestir de uma menina? Quando usa calça jeans, usa a camisa da escola, quando usa a calça da escola, não usa a camisa. COMO SE TODO MUNDO SOUBESSE DO VESTUÁRIO de todo mundo. De qualquer forma, Não vejo solução  para meu questionamento se não TOMAR VERGONHA. E seguir em frente.
Após minha mais recente derrota( Vocês já sabem bem) e minha mais recente vitória( bom, essa ninguém sabe) eu ando sem um objetivo definido. Claro, meu objetivo sempre vai ser conquistar seja lá o que estiver disponível, de traits, achievements,EXP, Equips, e seja lá qual for a referência de RPG que eu estiver esquecendo. O problema é que não sei qual é minha MAIN QUEST, não sei, é isso. Me sinto.... perdido, mas de uma maneira positiva.

Algumas coisas nunca mudam certo? Sabe, não tenho do que reclamar, me divirto, tenho ótimos momentos com pessoas que não me extraem nada negativo, tenho trabalhado duro e acima de tudo, tenho tido auto-respeito, auto-confiança e MACHEZA. Então, digamos que isso é um bom sinal.

Outro dia eu vi meu anjo. É, o meu anjo, minha Bruna. Ok, se você não sabe quem ela é, procura aí que já falei dela. E que incrível rever alguém que te fez feliz. é bem incrível. Me lembrou os dias em que eu fui amado incondicionalmente sem medo nenhum. Tenho certeza que isso foi bem único na minha vida. Aliás, o que sobre a Bruna que não foi único? isso é bem impressionante! E me me lembra como eu fui um idiota em deixá-la ir embora. A males que vêm para o bem. Outros são só de sacanagem. Mas o que podemos fazer?

É a vida. É o sol, é a noite, é a morte, é o laço, é o anzol.

Ok, me organizei aqui e minhas metas são: passar na porra da PP, terminar Final Fantasy IX e estudar. Ok, arranjar uma paixãozinha pra me ajudar a atravessar esse frio seria legal também.

Seu imbecil.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Welcome to life

Terei uma nova garota em minha vida. Uma completamente diferente de todas. Totalmente. Uma garota que vai me abalar, como nunca antes. Uma garota que vai me deixar enciumado, apaixonado e acima de tudo feliz.

Ela será amada por mim incondicionalmente, sem parcimônia. E o melhor, serei amado de volta, tenho certeza.


Meu novo anjo, espero que eu esteja lá pra te dar as boas vindas ao nosso mundo maluco, que não é lá essas coisas,mas agora é um pouco mais feliz, minha irmãzinha.


Enganei todo mundo né? Hahahahahahahahahha pois é, a era de eu ser irmão mais velho chegou.


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Página 180, Final de Capítulo

 Sabe como é acordar mal em um dia bom? Uma vez(ontem) acordei ao meio dia de um domingo(ontem) com a senhora minha mãe me enchendo o saco, como sempre, e ordenando que me arrumasse para um evento social. O evento em si não tinha muita importância, um almoço com alguns familiares de meu chefe. A importância se encontrava no local. A casa de praia do chefe, que é um lugar mitológico para mim. Em 16 anos aquela casa me deu talvez as melhores lembranças da minha vida. Ali aprendi a nadar,  fiquei horas embaixo d'água, tomei chuva, insolação, comida ruim, comida boa, trabalho duro, férias e feriados! Acho que conheço aquela casa melhor do que qualquer casa que já morei. 
Essa nostalgia repentina e não planejada me adicionou algumas ideias novas(antigas) e me deu um certo ar pra respirar. Das minhas loucuras tímidas e das batalhas sangrentas travadas no meu interior entre minhas ideias e meus desejos. Parei pra pensar se vale a pena procurar o que vale a pena. Será que me entende quando digo? Quem sou eu no clube dos cinco pra dizer se uma coisa vale a pena ou não? Porque temos que ser seletivos? Pro inferno com o critério.
Ontem eu acordei mal em um dia bom. Foi muito melhor do que acordar bem num dia mal, a falta de expectativa me catapultou para um dia ótimo. comigo bem. Como eu precisava estar em bastante tempo.




Resumindo de uma maneira que eu não costumo fazer: foi bom.


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

The Uncool

Hoje teremos um papo muito louco( narrador da sessão da tarde mode ON).

É, foda-se, esse blog é meu. Quero falar de uma raça alienígena. Calma, não enlouqueci e eles ainda não chegaram, é uma raça alienígena de um game. Ok, nessa frase perdi 80% dos leitores(4 pessoas) mas espere, não vou falar nada utópico. Sim, chegarei a uma conclusão relacionada com nós seres humanos babacas. Só espere aí um pouquinho.

 O game é Mass Effect. É a maior obra de ficção científica de nosso tempo(anos 2010, seus ignorantes do caralho.). Mas isso não interessa para metade de vocês certo? O que quero falar aqui é sobre a relação de nós, ou especificamente EU(é, vocês que se danem) com os Drell. Quem são eles?

Os Drell são onívoros répteis humanoides com uma avantajada idade de 85 anos galáticos. A aparência dos Drell é muito similar aos humanos, sua pele é compacta, dando assim a eles uma boa força.
Por causa dos ancestrais, os Drell emergiram de um árido e rochoso deserto.
A principal causa de morte dos Drell é a sindrome Kepral´s, causada por longa exposições ao clima úmido.
Esta síndrome desgasta a habilidade de seus pulmões em captar o Oxigênio, resultando numa ineficiência cardio-vascular, que é Fatal.
Os Drell possuem uma ótima memória, e adaptação em um mundo onde eles tem que se lembrar onde estão as localizações de recursos ( vegetação, água potável )através de vastas distâncias.
As memórias são tão fortes que um estímulo externo pode ativar uma poderosa lembrança. Essas lembranças são tão vivas e detalhadas que alguns Drell podem confundir com a realidade- Thane Krios, por exemplo, lembra de casa assassinato que ele cometeu e pode descrevê-los em mínimos detalhes. Esse processo pode ser involuntário.

Então o que são os Drell? Essa lagartixa verde aí do lado. Eles são bem legais by the way.

OK, o que me importa aqui é a última parte. Eles possuem memórias perfeitas. Ou seja, tudo que eles já fizeram um dia, de coçar um olho à salvar o mundo, eles se lembram perfeitamente. Tão perfeitamente que eles Enxergam essas memórias como se as estivessem vivendo de novo. E isso é um problema as vezes. Alguns ficam viciados em suas boas memórias, e deixam de viver, para literalmente viver seus sonhos. O que cada um de nós não abriria mão pra ser capaz disso? É um poder incrível. E ao mesmo tempo tão perigoso. Thane, por exemplo é um assassino. Ele lembra de cada assassinato. Isso o perseguiu por TODA a vida. Quantos problemas não são criados? É uma doideira.

Nós seres humanos temos semelhanças. Nos prendemos a memórias. Nos prendemos a coisas muito menores. Uma expectativa. Um gesto. Um dia errado ou certo. Perdemos nossa vida por viver uma vida que não existe. Exatamente como os Drell, mas de uma maneira muito menos real e muito mais... boba. A diferença é que eles têm uma desculpa patológica, vocês têm frescura. Então levanta essa bunda gorda aí e viva mais do que conseguir lembrar. E se um dia você se lembrar de mim, me mande um cartão de natal de obrigado.

I'm sorry, não consigo mais escrever. Outro dia eu prometo que entrarei mais fundo nisso. E farei um bom texto.


Eu nunca fui nada nisso. Nunca fiz parte da peça. Nunca ditei as regras, nunca mexi as peças, nunca rolei os dados. Nesse jogo tudo que fiz foi sonhar, lembrar do que não aconteceu. Os Drell e eu no fim de tudo, não somos nada diferentes. Nesse jogo você é a maior recompensa. E eu sou o incrivelmente distante sonhador. Que pena, tinha grandes planos pra todo esse amor. If only i could...

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Duo Com Necessidade

 You can't always get what you want, but if you try sometimes you just might find that you get what you need.

Já é mais do que sabido que Rolling Stones é a maior banda de todos os tempos. Não é a melhor, nem a com as melhores músicas, e é infinitamente superior aquela bandinha de garagem chamada Beatles. E é a maior banda de todos os tempos. Por três razões: Keith Richards ainda vive e Mick jagger ainda vive. A terceira razão é: Brian Jones morreu. Stones é uma banda que te diz o que deve ser dito quando deve ser dito. É a conexão que tenho atualmente com Coldplay, eles sabem ser legais, animados, da forma deles( seja a loucura dos Stones ou o êxtase alternativo do Coldplay) e ao mesmo tempo te contam coisas sérias, te fazem pensar, te fazem mudar e te fazem parar o mundo ao seu redor e te ajudam a entender.

Fantástico. Você nem sempre pode ter o que você quer, mas se você tentar alguma hora você descobre que você tem o que você precisa. Assim, se não bastasse a música ser foda, a mensagem é clara e objetiva. NÃO LARGUE MÃO DAS COISAS. mas também NÃO SEJA UM FANÁTICO, porque uma hora você tem o que lhe é de direito, se você merecer.


Se tem músicas que te dizem tanto, te ensinam tanto na letra, te convido à um experiência. MAS É PRA FAZER PORRA! Primeiro de tudo, faça isso no silêncio. sozinho no quarto, sei lá, mas o silêncio é importante. Aí você pega seus melhores fones de ouvido. Aí você pluga ele no seu aparelho eletrônico. E escuta isso:
Escute sem pensar em muita coisa, sem esperar nada. e escute essa porra até o final.

Se os arrepios deixarem, continue aqui comigo. O que essa música ensina? Essa é a coisa mais deliciosa dela, qualquer coisa. A música é toda instrumental com solos vocais. No meio uma frase
And I am not frightened of dying. Any time will do, I don't mind. Why should I be frightened of dying? There's no reason for it – you've got to go sometime.

Ok, então o tema da música é sobre partir ou não para o além, o seu medo ou não disso certo? Errado. O que tem de foda nessa música, que é o que tem de foda no Pink Floyd( que aí sim é a melhor banda de todos os tempos) é que sempre cabe outra interpretação. Todo o clima da música pode te passar qualquer mensagem. Que seja só pela música ou pelos gritos absurdos da Clare Torry, a música passa tristeza. Como a dor da perda, a dor da derrota, qualquer dor. e o fim, os sussurros abrasivos e o piano leve concluem , junto com a outra frase dita

I never said I was frightened of dying.

Então, você, ela, ele, nós, eles, vós, se recuperam... CARA, uma lição. um prazer em ouvir essa música e uma nostalgia de todos momentos que me senti na merda e de repente me deparei feliz. Um amor. Mas essa é minha interpretação. Escreve você aí o que você sentiu.

Chega por hoje ou devo falar de mim? Acho que chega por hoje. Ah, e fiz um acordo que obviamente não me beneficia, e estarei TENTANDO escrever todo dia. Ou pelo menos mais ativamente. E sobre mais coisas. Vamos nos conhecer certo? Leitor(que não existe) e Escritor(que tenta existir). Será que nos daremos bem? Como só eu falo nessa birosca, suponho que sim!

sábado, 1 de setembro de 2012

Se parece com o som das ondas do mar

Aquele mímico idiota tinha razão, o amor desaparece.
- Hoje eu serei o Super-Eu.
- E se o Super-Você encontrar a Super-Ela e ela te rejeitar?
- Então sem problemas.
- uh-um. Por quê?
- Porque nunca sou eu, é só uma atuação. Eu vivo minha vida como um filme francês, Steve!
Meu Pai saiu de casa quando eu tinha 8 anos. Sabe o que ele me disse? Seja feliz, fique sozinho. Eu tinha 8.
- Ei, é, eu te conheci há 61 horas atrás... É era eu!Ouça, uh, você quer jantar? Uh, que tal almoçar? Almoço não. Café? Água? Que tal um pouco de água? Eu te encontro onde você já esteja almoçando e então tomamos água.
Desespero - O pior perfume do mundo.


Ok chega de referências perdidas que ninguém nunca vai entender, e se entender, nunca vai ver ou algo do tipo. Eu fiquei bastante tempo sem escrever nada. Nada, nada mesmo. Me sentindo muito ruim em qualquer coisa. Me sentindo um medíocre escritor. Não que eu seja algo muito longe disso, não, mas... minha auto-estima explodiu como o boeing no 11 de setembro(mean relation). Por quê diabos isso aconteceu? Por quê diabos eu estou usando a palavra diabos? Será que eu estou usando o porque certo? Meu Deus são tantas dúvidas! Eu nunca esperei estar bem esses tempos... Mas não sei, foi longe demais. não me sentia mais confiante pra abrir uma porta. Não foi o clima, não foram minhas notas, não foi a TV à cabo me decepcionando, não foi meu problema físico, não foram assaltantes, estupradores ou algo do tipo, não foi nada que geralmente me influenciaria ou Não, ela não quebrou meu coração, by the way.

 Só não aconteceu nada. NADA. assim... já é um aviso suficiente ouvir o silêncio como resposta pra qualquer coisa, e 3,4,5 semanas, 100 dias, 10 anos, não tenho ideia do tempo que passou, mas ser ignorado me apavora de uma maneira inescrupulosamente indescritível. Não sou um monstro de atenção ou qualquer coisa irritante de um grupo de auto-ajuda, mas, porra! Me senti completamente botinado. Chutado com uma botina, ou receptado com uma bota e etc para os leigos. Até aí, nós já passamos por isso vida. Não passamos? Só... Todas as vezes?

Mas hey, até aí esse não é o problema. Tudo bem, esse é um grande problema, mas com o qual eu consigo sobreviver(eu acho). A questão de 1 milhão de dólares ou de 1 garota incrível, linda, apaixonante e semi-perfeita*que gosta de HQs*... Ok, de 100 milhões de dólares, é: Porque eu fiquei 1,2,3,4,5 semanas, 100 dias, 10 anos, 2 décadas, horas, minutos sem insistir em falar com ela?
Foda-se que eu fui ignorado. Really, sem correr o risco de parecer um psicopata, ou melhor, correndo, Só deveria ter entrado nessa fase morta de sobrevida quando ouvisse um não. É, percorrendo todos os arquivos de dados que minha memória bem apertada tem me deparei com o fato de que não houve um não. houve um gelo gigante ou só uma coincidência, ou as vezes o silêncio tenha significado um não, mas EI, não tenho bola de cristal.

Desta vez eu tinha tanta certeza de que conseguiria provar pra todo mundo que não preciso provar nada pra ninguém. Tanta certeza de que derrubaria o mundo. O pior problema do homem é a expectativa. É como se eu tivesse feito um filme incrível... Tão incrível, mas que ninguém viu. Isso me deixa triste, da forma como não me sentia há tempos. Não estou triste, deprê-show quero morrer agora. Mas me sinto triste, por ter sido tudo tão lindo, sem ter sido. Por ter o melhor filme do mundo abandonado. Triste da forma : podia ter sido diferente. Ou pode ser diferente.

Sabe quando se sente que falta alguma coisa? Como um filme cortado antes do final verdadeiro?
Sabe quando pelo filme inteiro se espera por um momento chave quando o vilão finalmente morre, mas em cena tudo parece que vai acabar mal pro mocinho e ele apanha feito cachorro leproso, cai no chão todo arrebentado? Pois é, eu sou o mocinho. E sabe  quando nos segundos finais do vilão estar prestes a matar o mocinho, alguma coisa acontece inesperadamente, como o grande companheiro do mocinho chegar e atirar o vilão longe, salvando o dia? Pois é, também espero esse cara.

Eu tenho 17 anos. É um pouco cedo pra se dizer adeus. É um pouco cedo pra se ter resoluções definitivas. É muito cedo pra se achar certo. É a hora perfeita pra errar. E já é 2,3,4,5 semanas, 10 anos, ou whatever tarde demais pra perceber isso. Seu imbecil



terça-feira, 28 de agosto de 2012

Aguarde

Simbolismo: Conteúdo ou interpretação dos símbolos.
Sistema de símbolos que expressa fatos ou crenças de um povo.
Sistema de signos escritos cuja articulação se dá segundo regras, e que traduz visualmente a formação de um raciocínio. 


Ou na minha forma de ver: uma pilha de informação desnecessária. E bem útil pra se mandar mensagens

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Drops da derrota

Eu vou simplesmente fingir que nunca disse tudo que disse, que pensei em tudo que pensei, que me envolvi no nada que me envolvi, que fiquei com a boca seca, com o coração mudo, saltitante e piripaqueado toda vez que a visse, que nunca me senti tão bobo em toda minha vida 2 vezes por semana, que criei e perdi coragem? E ela vai simplesmente fingir que nunca ouviu tudo que ouviu, que disse tudo que também disse, que não me conhece, que nunca  nunca, e vai passar como um vento fresco na primavera, ao invés de como ela passava antigamente, uma ventania gelada no meio do inverno seco?

Eu não admito isso. Eu não aguento mais isso.

Dio can you hear me? I 'm lost and so alone... I 'm asking for your guidance, would you come down from your throne?


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Você tem que se lembrar disso

AH Balotchélo seu malandrinho! Que orgulho que esse Pirulito de Itu me dá as vezes... Mal pude prever seus movimentos! Ninguém previu! Moving Up:

You Know, Hoje eu estou com um sentimento de que vai ser um grande dia. Um Bom Dia, com maiúsculo e com cheiro de vitória, com cheiro de... cravo e de amor, de uma maneira bem misteriosa. Ok, não necessariamente vitória, mas... Glória! e o amor não me escapa. Ser otimista as vezes funciona. Quando não, pelo menos nutro um bom humor suficiente pra me fazer atravessar a saquice(será que essa palavra existe? HM) do dia ou noite ou semana ou ano ou vida. OK, já entenderam.
Veja como a sorte já me acariciou hoje? estou no sol de 600°C da Paes de Barros(surpreendentemente com um vento gelado de -15°C) quando vejo ao meu norte o que? Superman? Odin? Loco Abreu? Dumbledore? Nieht, Alpha Delta Li, The Tattoed Lady. Pois é pois é. Nem preciso dizer que na mesma hora meu cadarço se desamarrou e eu quase bati a boca no poste né? Estava no famoso esquema dom quixote: Na elegância de uma amazona com sua mesma força e ao mesmo tempo com a beleza de uma lady. No esquema blusa e mistério, calor do cacete e perfeição. There is nothing wrong with that damn girl! E claro, o andar acalentado das escudeiras, ou da escudeira, eu realmente não prestei atenção nisso nem pretendo. Talvez eu tenha, pensando agora, pois ela(s) atrapalhou(aram) a fotografia do momento, mas tudo bem, Tarantino já nos mostrou a beleza se destacando de qualquer coisa, que mal faz uma meia dúzia de garotas? Today is gone, Now is today.
  
Unfogettable                                                                   In Every Way                         And For Ever More

Play As Time Goes By Sam                                      He's Looking At You Kid                We Always Have Paris     

I gave Her My Heart And She Gave Me A Pen     Why don't you just call her again?             I draw the line at 7 unreturned calls. 





Agora eu assisto a Pacata aula da nova professora de geografia mais cansado que.... tudo no mundo. Eu mereço o descanso dos campeões, não  durmo agora porque não consigo, mas o dia é longo. eu eu tenho que jogar bem pra ganhar uma aposta aí! E desculpa Mãe, mas meu desempenho físico no FA é bem mais importante que definições sócio-geográficas da 5° série que são passadas pela 982° vez. Aliás, tomara que o Nelson esteja feliz aposentado na terra dele, Porque eu já to de saco cheio dessa professora!

E maldito seja o Frank Sinatra

Segunda Feira, dia 6 de Agosto de 2012



quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Página 368, analgésicos, silêncio.


Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra sua, e não, não é aquela música emo do Jota Quest(quem é que ouve Jota Quest?) e sim,foda-se, ela é linda. Any-fucking-way, hoje foi um dia insuportável. Toda dor que ainda sinto, não parava do momento em que acordei, até agora. E a cada momento que passa eu me questiono se sofrer essa provação toda vale a pena, se um dia alguém vai valorizar por 15 segundos qualquer esforço que eu faça, se eu vou ser alguma coisa a mais do que mais um por aí como eu sempre fui. Isso é ridículo, eu nunca imaginei sentir tanta dor em toda minha vida. e hoje eu sinto os dois tipos.
Alt Tab, cheguei a ver ela, não falei nada por que... Cercada dos amigos, SEMPRE, não quero ser chato. Não sei, acho que tudo que eu faço, pra qualquer pessoa é incômodo, especialmente pra ela. Vejo ela com a atenção das milhares de pessoas e me aparece aquela sensação de que... minha influência é muito irrisória pra alcançá-la, não consigo me enxergar tendo qualquer participação ali, e isso me frustra de uma maneira inominável. Como já disse ela, isso não faz tanta diferença, mas who the fuck am i no mundo? Não tenho esse poder todo, essa confiança toda, ainda mais com todo esse cansaço, toda essa dor, tudo "isso". Se ao menos tivesse sorte, ou um lampejo de criatividade. Mas é claro que nunca tenho sorte, nunca é fácil. Tudo bem, não temo isso...
Eu temo a decepção. Não a rejeição, por que veja lá que eu tenho 17 anos, já estou um pouco velho pra ter medo de toco né? Temo a decepção que eu com certeza vou sentir se eu não conseguir fazer ela sentir o que eu sinto, querer ter o que eu quero! Isso me assombra de uma maneira aterrorizante. Imagina o quão imbecil irei parecer se nada der certo? De novo não.

E tenho uma retratação a fazer. A sucessão de eventos que me abatem me fazem parar para pensar: Acho que acredito em destino sim. Ele existe. Não o via, mas ele estava ali em algum canto. Em alguma cadeira daquele auditório naquele dia, uma personalidade muito quieta e imperceptível estava sentada e de olho... e me chamou pelo nome bem baixinho “lucas...” e eu ouvi, e eu olhei. E eu vi. Essa personalidade com certeza não tinha intenção alguma com aquilo... Talvez questionem se o que é bom, o que é ruim é arranjado pelo destino, mas eu acho que entendi que o destino não tem essa moral. O destino só decidiu que assim seria, e foi. O destino é aquilo que acontece quando a gente tá preocupado demais com o que vai fazer no fim de semana. Aliás, quando vocês adolescentes que saem no fim de semana estão.
Sim, olhando agora, eu tive sorte nesse instante. Absurda sorte e talvez um pingo burrice incontrolável, também conhecida como coragem. Mas o que certifica que a sorte me foi justa? Não interessa.

O destino me deu muita coisa. O destino me deu um sorriso lindo em terceira pessoa. Lindo, silencioso, distante e as vezes esotérico. O sorriso me deu lentes quadrangulares. O destino me deu olhos azuis. Mas melhor do que isso, o destino me deu olhos, para que eu veja aqueles olhos castanhos. Ele também me deu uma coisa sensacional que eu não tinha há muito tempo: a sensação de que se o mundo acabasse hoje, eu ficaria muito puto. A sensação de que se o mundo parasse naquele momento, eu enlouqueceria de raiva! Por que eu não quero morrer no menos. Eu quero mais, eu quero sempre mais(duas músicas nacionais citadas em 1 texto, achieved) e eu não posso me contentar com pouco. Não posso, nem quero acabar como o mundo sempre acaba: de mãos vazias.
O destino me deu muita coisa. O destino me deu, mas quem enlouqueceu fui eu. Nisso o destino não tem poder. Não importa se fosse azul, rosa, roxo, verde ou arco-íris ao invés de turquesa, a tiara continua insubstituivelmente linda. Não importa nada. Mas antes que me chame de mal agradecido, obrigado destino, por um motivo bem intrínseco de voltar a viver. E obrigado tiara, por estar no lugar certo, na hora certa. E obrigado sorriso, por dar chance ao destino.
                                                                                                                                

                                                                                                yours,




segunda-feira, 30 de julho de 2012

Same shit different day

O que foi a coisa que você sempre quis fazer mas sempre teve medo? Procure lá no fundo da sua infância, e  diga pra si mesmo agora: "O que eu queria era justo comigo mesmo?". Analise dos dois lados, seu sonho era muito egoísta ou muito inocente e simples? Quais consequências no seu mundo atual seu sonho teria? Ele seria revolucionário ou irrisório?Será que você seria realmente feliz quando concretizasse seu sonho?

Eu realmente não consigo responder nenhuma pergunta minha. Só sei que estou com medo pela primeira vez na minha vida, de não conseguir o que eu quero. Mesmo tendo falhado tantas vezes em tudo, só agora sinto isso. Eu vejo a conclusão babaca que me persegue pra tudo chegando. É decididamente a pior parte.

Tinha um texto ótimo para publicar hoje, que seria realmente animador, bem escrito e empolgante, mas, não condiz com meu estado. Meu estado é tão vergonhoso que não consigo me aceitar. Eu estou sozinho. Como não me realizava há muito tempo. De novo, sozinho. Sempre sozinho. Toda panela tem sua tampa, mas caldeirão de bruxa é sacanagem né?

Obrigado por acreditar em mim, se alguém acredita. O que eu duvido. Mas eu só quero que saibam que eu tentei do fundo meu coração não me importar. Tentei crescer, mudar e procurar alguma motivação qualquer. Pelo que vejo, minhas motivações se esquivam de mim. Eu não sei em que momento eu deixei isso escapar, mas o eu que era pra eu ser se perdeu em algum lugar do passado. Agora eu não tenho absolutamente nada. Não tenho nem a pouca sorte que tinha. Eu tenho voz, até ficar rouco. Até nisso fico limitado. Posso escrever, mas quem vai ler? Posso me filmar, quem assistiria? Minhas fotos, quem apreciaria? Eu não tenho nada, quando podia ter tudo.Mas eu realmente não me importo. Agora é a parte mais difícil. Eu jamais ia deixar a parte mais difícil escapar. E cara, isso cansa. Eu to cansado. Cansado de acordar de manhã com um pensamento "amanhã." E dormir pensando "por que não foi ontem?" Mais cansado de não conseguir nada nunca. chegar a lugar nenhum. isso não faz sentido, minha vida não era pra ser isso. Nunca foi.

Meu grande sonho sempre foi não ter que provar nada pra ninguém. Meu sonho sempre foi ter status quo apaixonado, calmo e bonito. Meu sonho era não precisar ter sonhos, era viver por pouco tempo que fosse nas impenetráveis muralhas do elísio sem se preocupar em ser alguém. Sabe, eu nunca dividi meu eu comum com ninguém. Eu to sempre sendo o personagem, o caráter do momento, irmão, namorado, filho, sobrinho, tio, amigo, colega, aluno. Ninguém nunca sentiu só o lucas. Porque eu nunca tive tempo. Caralho, 17 anos e não tive tempo. Minha vida é uma sucessão de incompetências, essas que fazem o nome de meu sucesso( A capacidade de ir de um fracasso á outro sem perder o entusiasmo) e sinceramente, eu estou cansado disso.




you can't always get what you want, but if try sometimes you just might find you get what you need.






Eu queria tanto que você não fugisse de mim
Mas se fosse eu, eu fugia.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Assim você me mata.

Agora o céu poderia ser azul, eu não me importo, sem você é uma perda de tempo.

Todo mundo tem ou teve algum problema um dia. Certo? Um dos meus tenho uma certa dificuldade em identificar, o que dificulta mais ainda em resolvê-lo! Acho que não consigo passar uma imagem de credibilidade, ou devo ser chato pra cacete mesmo, mas o fato é que não consigo consolidar nenhuma amizade o suficiente pra me estabelecer num grupo. é. se fosse uma doença teria um nome foda.
Talvez minhas constantes mudanças de comportamento influencie isso, e talvez minha política de neutralidade em relação as pessoas também tenha a ver. Muitas coisas tenham a ver, pensando agora. Porra, eu não gosto de brigar, nem gosto que pessoas briguem, é natural que ninguém confie em mim. Quem não gosta de fulano acha que eu sou espião, cínico e filho da puta, e o fulano também acha isso por não gostar do beltrano.
 E nesse jogo de empurra, eu sobro. Não que eu seja um monstro que necessita de atenção 24 horas por dia nem nada, mas conversar faz bem pra todo mundo certo? Eu não vejo uma pessoa que não seja da minha família há semanas. E não tem nada de errado nisso também... Mas digamos que a capacidade de compreensão da minha família é bem menor que a capacidade produtiva! Meus pais, meu irmão, meus tios e tias, primos e primas, são máquinas de trabalhar, estudar e alcançar feitos. O que é incrível! mas conversar sobre um problema é a última coisa que eles fazem. Me sinto um estranho no ninho, por gostar de cinema, música e teatro, gostar de atuar, gostar de lutar e de qualquer coisa que não seja 100% profissional. Escrever, que besteira, longe de qualquer familiar meu ser escritor. Juristas, médicos e matemáticos é mais provável. Eu os amo, mas é assim.
Também não posso culpar ninguém por estar assim, senão eu mesmo. E veja bem, estou certo em reclamar, errado em ter que reclamar e certo de novo de ter que reclamar por ter que reclamar, se é que você me entende.

Não quero escrever mais. Não por não querer, mas por não saber mais o que escrever. Não está na errado, por isso não tem crise nenhuma. Mas não tem nada pra comemorar either. Ah, aliás tem uma coisa pra reclamar sim: quero chamar a mulher mais linda do mundo pra sair, mas ela não aparece nunca, aí fica difícil. Super-vilões do mundo, me deem um tempo por favor? preciso ir ao cinema!


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Um milhão de maneiras de desperdiçar o seu tempo,e só 1 de se apaixonar

Ok, fiquei um tempo sem escrever, porque escrevi em outro lugar, e não conseguia pensar em nada legal o bastante pra falar aqui... Por que basicamente minhas férias chegaram. E toda aquela merda de sempre também, a solidão, as pessoas que deixam de se importar e somem magicamente e tudo mais. Bom, dessa vez eu estou tentando me importar menos com isso. o que é impossível, por que a solidão é o pior dos castigos. Mas tudo bem, pelo menos estou com os exercícios em dia. e de regime, que inferno, perdi todo o prazer da vida.yeah. mas hey, o Santos voltou a ganhar, então o que tem de tão ruim assim? Eu estou me sentindo...bem. Sozinho, pensativo e meio afogado nos próprios pensamentos, mas não é nada parecido com a depressão irritante que sempre acabo caindo nessas épocas de férias... é algo bom. Perdoe os erros de português, o texto fraco gramaticamente ou qualquer coisa que sair daqui, porque estou caindo de sono mas vou terminar de escrever mesmo assim, por precisar dele sair hoje!

Eu acho que destino não existe. Não mesmo. Let me tell WHY: vamos usar como exemplo a pessoa mais linda que já existiu nesse mundo: sim, todos sabemos quem é ahahahahaha. Eu enlouqueci por um óculos wayfarer e uma tiara. Sem explicação nenhuma, até pelo fato de antes disso milhares de óculos wayfarer e tiaras terem vindo pela minha vida despercebidos, travei como um Pentium 2 rodando Battlefield 3. E aqui lhes levanto uma hipótese: e se ela não tivesse usando o óculos e a tiara? SIMPLES: eu olharia por trás do branco do mesmo jeito pra falar sei lá que gracinha sem graça eu disse para alguém e a viria do mesmo jeito. e travaria do mesmo jeito. Veja você bem, o óculos foi um veículo pelo qual meu instantâneo êxtase visual foi transportado até meu coração, e sem ele ali, sem a tiara, sem 150 mil pessoas, sem oxigênio, sem luz, NADA muda o fato dela ser a coisa mais linda que já existiu nesse mundo, e destino nenhum agiu sobre isso! E tudo bem que supondo que esse destino exista talvez nunca a tenha visto, ou percebido sua perfeição ilimitada, mas não é preciso muito pra ver que os problemas de 2 meras pessoas não contam muito nesse mundo louco(eu me apaixonaria ainda mais se entendesse essa referência), e que isso seria muito ruim(pra mim) mas quem garante que isso nunca aconteceria? Aquela escola é bem pequena! E vamos aumentar a suposição do destino no máximo, e se ela não existisse? tenho a resposta na língua: A vida não teria sentido. Não teria cor. Não teria graça. E pouco eu poderia fazer sobre isso. Talvez alterar a realidade até que ela existisse, ou entrar numa dimensão paralela e eliminar o meu eu de lá para assumir seu lugar e tê-la brilhando no meu sistema solar.

Sim, eu sou mesmo exagerado!

E hey, se você existir destino, seja bom comigo, ou pelo menos maravilhoso com ela. Não custa nada pedir né?




Por que sim, por tudo que eu já sei, vi, sonhei e quis(e quero), pelo mesmo motivo que a Terra gira em torno do Sol: o calor, o brilho e sua importância a fazem pirar!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

V de vai tomar no cu

Eu perdi. Perdi mesmo, tudo que eu esperei, tudo que fiz, competi, treinei, joguei, lutei, briguei, estudei, quis, perdi.
Perdi as olimpíadas na terceira ou quarta série, no futebol, corrida, arremesso de peso, xadrez.
Perdi o campeonato de xadrez na sétima série por falar nisso.
Perdi no STOP, polícia e ladrão, queimada, mãe da rua, barra manteiga.
Perdi constantemente de meus primos, tios, irmão e amigos no Winning Eleven, Street Fighter, Mortal Kombat, Mario Kart e qualquer forma de entretenimento Multiplayer.
Perdi meu primeiro amor com 7 anos, talvez menos, sem ao menos lhe dizer um oi.
Perdi no judô, fiquei em terceiro lugar, numa competição com 3 pessoas, não marquei um ponto. No vôlei, disputei só 1 jogo, e perdi.
Perdi na disputa de medalhas.Meu irmão tem 40, 30 de ouro. Tenho 3. 2 de bronze, 1 de consolo.
Perdia na corrida toda vez que apostava com alguém, meu peito sempre foi fraco, sempre doía, sempre desistia no último segundo da vitória
Perdi a cabeça nas escolas, inúmeras vezes. Não conseguia aguentar os mais imbecis que eu, dava atenção demais pra eles ficando nervoso, hum, só alimentava sua imbecilidade e capacidade em me irritar.
Perdi no par ou ímpar pra ver quem iria falar primeiro, comer aquela gororoba primeiro, pular primeiro, se arrebentar primeiro.
 Perdi meu pequeno orgulho muito cedo, chorando por causa de quem nem sabia que eu existia direito, muito cedo.
Perdi, e rasguei bolas, corações, quebrei correntes, espíritos, derramei refrigerantes, lágrimas e sangue alheio, tudo na derrota.
Perdi, e nunca ganhei uma pessoa de verdade. Quando ganhei, eu mesmo me perdi, ao invés de perdê-la. E em todos os casos, perdi.
Perdi, caí, bati, sangrei e quebrei. O jogo, o nariz, a vontade, a auto-estima, a força. Nessa história só ganhei pontos, cicatrizes e dor, ó que novidade.
Perdi a linha de pensamento quando escrevi o segundo perdi, me perdi, como sempre.
Perdi as eleições para presidente. Era esperado, nunca ganhei a liderança. Tudo que eu sempre quis foi a liderança. Não pela ganância do poder, nem pela fama, ou qualquer coisa nesse sentido, e sim porque sempre entendi que seria capaz de liderar! É tudo que eu sempre sonhei, tomar as rédeas de um grupo, e levá-los a vitória. Nem vitória, nem liderança, nem grupo. Só derrota.
Perdi todas as chances de ser como meus símbolos. Ninguém representa meu fracasso. Ninguém tem esse gosto azedo que carrego das mais extensas das marcas. 

Ganhei algumas coisas, ah, claro. Olhos bonitos, mas perdi seu brilho. Corpo perfeito, mas o perdi com riscos, cortes e operações. Vitórias, sim,venci todas minhas lutas. À que custo, esconder de toda minha família que luto? Ótimo saborear a vitória em silêncio, enquanto levanto meu adversário...Ganhei o carinho de meu pai. Meu pai, nossa, são duas palavras que de longe talvez não combinem, meu e pai. Ganhei seu carinho, depois de perder seu respeito, orgulho e admiração. Meu pai é um herói, um herói à moda real, com enormes falhas e erros, mas herói. Mesmo assim insisto em decepcioná-lo. Minha mãe, perdi a conta de quantas vezes o cérebro robótico dela se decepcionou comigo.

Quando nasci, não tive que lutar pra viver, só nasci com um braço defeituoso. Fui operado com menos de 12 horas de vida, e não tenho parte do músculo do peito por causa disso. Minha carreira no fisiculturismo acabou cedo né. Se desde o primeiro dia de vida fui cortado e remendado, porquê algum dia vai ser diferente? É a maior das ilusões, esse tal de destino. Não existe. Não acredite, pois não existe. Assim muita gente pauta sua vida nisso. Destino é a desculpa dos fracassados arrogantes e o discurso dos vencedores humildes. Na vida, criamos nossas partes boas e ruins, então seja um fracassado arrogante ou um vencedor humilde, porque ninguém aceita um vencedor arrogante e ninguém se importa com um fracassado humilde. E dane-se caso você não se interesse por nada disso, temos 7 bilhões de outros fracassados e vencedores para te julgar, caso você ande 1 passo a mais, ou dois a menos. A sociedade se tornou uma doença no momento em que deixamos de nos preocupar em sobreviver, pra se preocupar com a cor dos sapatos de seus vizinhos.

Esse é o retrato da minha vida, do ponto de vista de um imbecil pessimista, que nesse exato momento só consegue ver os rostos de todos que ganharam dele. De todo a euforia da vitória que sempre ficou entalada meio centímetro na garganta, mas estampada a 10 metros nos olhos alheios. 

Não sou fracassado por perder. Perco por que não resta outra saída. Nem aceito a derrota. Não, ela está muito bem rejeitada nos punhos. Sou alguém que olha por um muro de insegurança qual vai ser a próxima tentativa. Alguém treinado a vida inteira pra ganhar. Mal treinado. Mal disciplinado, pouco aplicado, inconsequente, impulsivo, e pouco acostumado com adjetivos. Onde quero chegar aqui é que não existe nada que controle mais sua vida do que você. Pode ser que você pense: meus pais, meu deus, meu marido, meu amante, meu gato, meu oxigênio, meu caralho a quatro. Mas é você. E isso não significa que você vai conseguir tudo que você quer. Jamais. Você conseguirá, aquilo que alcançar. Aquilo que merecer. Pergunto eu, merecia todas essas derrotas?

Sim, posso ter merecido. Se isso foi justo, não importa, a justiça é cega, é a pessoa menos recomendada pra responder. Minhas derrotas demonstram que não se pode ganhar todas. Nem perder todas. Vendo as coisas como um homem deveria ver, em 17 anos Perdi. Tenho 70 anos pra ganhar. E pouco me importa se por mais 69 anos perder. Pouco importa se eu nunca ganhar. Um homem tem que fazer o que um homem tem que fazer, e competir é a última coisa que importa. O que importa é lutar, se esgotar, usar até seu último recurso tentando a vitória. Não é perder, não é tentar, não é ganhar, não é brigar. É fazer o que tem que ser feito.
Posso te parecer um fracassado, e até ser um fracassado segundo a norma do mundo, mas aqui te pergunto: Nesse seu trono vitorioso, a morte é mais bonita que aqui no meu lamaçal da derrota?
A morte meus amores, é a coisa mais justa nessa realidade. Os fracos morrem, os fortes sobrevivem, passam a diante.Mas nessa história, alguém deve morrer. E se o perdedor for forte o suficiente pra sobreviver, o que diriam os esgotados de glória vencedores, em seus túmulos?

Não glorifico minhas derrotas. Estampo-as na minha testa. Faço questão de tê-las ao meu lado, para presenciarem eu tentando mudar esse caminho cansativo. Preciso de tempo para tentar vencer. Preciso de esforço. Trabalho, dedicação, amor próprio, amor alheio, tanto faz. Vou esmagar miseravelmente qualquer dúvida que devo ter. Perder, ganhar, não são opções. Meu foco é provar pra todo mundo que eu não preciso provar nada pra ninguém. É provar isso pra mim.

O retrato de minha vida no ponto de vista da pessoa que sou de verdade, que nasce hoje, na alvorada de um inverno desimportante, é bem diferente da que morreu há alguns minutos. É simples, objetivo. Cru, sem piedade ou remorso. Não descrimina, e não se importa. ele é, o que tudo deveria ser:  POR UM ACASO, VOCÊ PAGA MINHAS CONTAS?
tá, brincadeira.
"

Não sou herói. Nunca fui. Não sou campeão. Não ganhei a mocinha. Não derrotei o vilão. Não fui sorteado, tão pouco ganhei um milhão. Não lutei bravamente em nenhuma guerra, não compus nenhuma canção. Não espero ter tudo que desejo, nem com as melhores maldições. Não vou lutar por algo que não acredito,especialmente pelas eleições. Não acredito na humanidade. Acredito no amor. Acredito que enquanto um homem pisar nessa terra, destruição é o que nos resta. Mas também acredito que enquanto houver uma mulher com esse homem, essa destruição será controlada, e um dia será neutralizada.

Eu acredito que amanhã irei acordar, e estarei vivo. Vivo o suficiente para dizer para os mortos:" Venci!", e para os vivos:" Vão pra puta que pariu!" Especialmente vivo pra dizer pra garota que para meu coração: "Você não sabe como tem sorte,e ainda me desperdiça como água numa mangueira de pressão." Acredito no poder de uma adolescente. Acredito no poder de uma rejeição. Acredito num sim, ou num não.

                                                                                                                                 "